sexta-feira, 18 de março de 2011

Incorpore celebrações sociais durante o dia da criança na escola. Mostre e
compartilhe de formas variadas o quanto você aprecia o engajamento social da
criança. Celebre o contato visual, os contatos físicos gentis, a comunicação interativa,
e a resposta às solicitações. Celebre as interações sociais que a criança tem com
adultos, assim como as que ela tem com outras crianças.Fique atento ao estado de disponibilidade da criança quando introduzir
atividades (em isolamento, interessada, altamente conectada). Nos períodos em que
decidir utilizar um estilo responsivo de interação, apenas introduza atividades se a
criança estiver interessada (presença de contato visual ou comunicação) ou
altamente conectada (geralmente maior contato visual, animação facial, maior
participação ativa). Ao utilizar o estilo responsivo de interação, respeite quando a
criança disser não a uma atividade e pause antes de re-introduzir a mesma
atividade, ou introduza uma das atividades pelas quais a criança sente-se
motivada, ou permita que a criança escolha uma atividade.Crie uma lista das atividades que são motivadoras para a criança (atividades
interativas que já são favoritas da criança). Ofereça as atividades motivadoras quando
a criança estiver nos estados interessado ou altamente conectado.Incorpore o princípio de ação motivadora na criação das atividades da classe,
tendo em mente as metas desejadas. Por exemplo, se você estiver trabalhando no
desenho de círculos e a criança for motivada por dinossauros, então você poderia
desenhar círculos ou “pegadas” ao redor dos pés dos dinossauros e encorajar a
criança a fazer o mesmo. Se a atividade incluir a leitura de uma história e perguntas e
respostas sobre abelhas e a criança for motivada por brincadeiras físicas e cócegas,
então você poderia desenhar e prender uma pequena abelha de papel em seus dedos,
e fazer cócegas na criança com ela. Leia a estória da abelha e intercale com animadas
cócegas da abelha, ajudando a criança a manter-se interessada. Mais tarde na
atividade, quando solicitar que ela responda a questões de compreensão do texto,
ofereça animadas cócegas da abelha após cada resposta.Durante sessões responsivas, permita a ocorrência de atividades de autoestimulação
e junte-se à atividade da criança (quando possível). Incorpore o
“juntar-se” à rotina da escola. Tenha momentos em que o professor ou o professor
auxiliar/mediador reproduza o comportamento de isolamento da criança de forma a
demonstrar aceitação e adquirir maior compreensão de seu universo com o objetivo
de aprofundar a relação com a criança. Se a criança estiver inserida em uma classe
convencional dentro de um projeto de inclusão, ocasionalmente ofereça às outras
crianças a oportunidade de juntar-se aos comportamentos de sua criança (crianças
freqüentemente têm uma tendência natural a juntar-se ao comportamento das outras).
Isso pode tornar o comportamento da criança menos distinto do comportamento
das outras crianças, encorajando maior conexão entre elas.Algumas crianças se beneficiam com a alternância entre períodos em que
permanecem sentadas e concentradas e períodos de intensa estimulação
sensorial. Atividades de estimulação sensorial podem incluir ações como pressões
na cadeira para levantar-se (enquanto você permanece sentando, segure as laterais do
assento da cadeira ou repouse sua mão em suas próprias coxas e pressione para
baixo, como se estivesse prestes a se levantar, repita dez vezes) ou ofereça curtos
períodos de movimentos físicos intensos como pular na cama elástica, correr, dançar,
rolar no chão, etc.Ofereça mais explicações para a criança com autismo em sua classe e ofereça
estas explicações das mais variadas formas. Freqüentemente, a linguagem
expressiva da criança está muito aquém de sua linguagem receptiva. Se a criança
pode compreender o que você está explicando, então uma ótima oportunidade pode
estar sendo perdida quando explicações não são concedidas (nada é perdido se a
criança não compreende). Até mesmo quando a criança ainda não compreende a
explicação, ao oferecermos a explicação estamos oferecendo a ela oportunidades
contínuas de aumentar a sua compreensão.Explicar de formas variadas:
Experimente explicar utilizando sentenças completas e compartilhando detalhes do
que está acontecendo e o porquê.
Experimente explicar utilizando sentenças simples e curtas.
Experimente explicar utilizando figuras ou símbolos visuais.
Experimente explicar através de modelagens (você é o modelo) e encenações.
Experimente explicar através do uso de histórias sociais, como as histórias sociais de
Carol Gray (http://www.thegraycenter.org/social-stories/what-are-social-stories).METAS PARA O PROFESSOR AUXILIAR/MEDIADOR QUE TÊM COMO OBJETIVO
AJUDAR A CRIANÇA NO AMBIENTE DE UMA ESCOLA CONVENCIONAL
(Informações dirigidas aos professores auxiliares/mediadores)
Nós queremos que a criança aprenda a:
1) Procurar ajuda, buscar referências sociais e dirigir sua atenção a outras crianças.
2) Procurar ajuda e responder ao professor principal.
3) Manter a sua auto-regulação.
4) Procurar ajuda, buscar referências sociais e responder ao professor auxiliar.Como auxiliar a criança a procurar ajuda, buscar referências sociais e dirigir sua
atenção a outras crianças.
Quando trabalhando em uma atividade, o professor auxiliar pode fazer comentários,
apontar e celebrar o trabalho de outras crianças naquela atividade. Isso encoraja a
criança com autismo a prestar mais atenção ao que as outras crianças na classe estão
fazendo. O professor auxiliar pode também apontar, “Olhem como Charlie está
esperando na fila pela sua vez. Nossa, é ótimo isso que o Charlie está fazendo.” Em
outros momentos, o professor auxiliar pode pedir a uma criança responsiva para
explicar algo para a criança com necessidades especiais ou até, em alguns
momentos, encorajar uma outra criança a escrever em seu caderno para que a criança
com autismo copie, etc.Como auxiliar a criança a procurar ajuda e responder ao professor principal.
Para fazer isso, a criança com necessidades especiais deve ser em alguns momentos
corrigida pelo professor em vez de ter o professor auxiliar sempre a ajudando ou
tomando o lugar do professor. O professor auxiliar deve trabalhar em parceria com o
professor principal para que possam equilibrar este trabalho conjunto de uma forma
que seja eficaz para a criança especial e para os seus colegas de classe.
Como auxiliar a criança a manter a auto-regulação.
Permita que a criança algumas vezes sente-se e concentre-se novamente sem o
estímulo do professor ou professor auxiliar. Isso pode levar mais tempo, mas permite
que a criança desenvolva habilidades úteis de auto-regulação. Por exemplo, muitas
das crianças neurotípicas se levantam entre atividades e se movem pela classe (ou até
dão pulinhos e ou pequenos giros por alguns instantes). Observamos com freqüência
professores auxiliares tentando manter a criança com autismo sentada. Em vez de
manter a criança com autismo sentada, permita que ela se levante e se mova ao redor
se as outras crianças estiverem fazendo isso. Então, dê a ela a oportunidade de voltar
ao seu assento antes que a próxima atividade comece. Pause e observe se a criança
volta sozinha. Se ela não voltar a se sentar por conta própria, o professor auxiliar
pode diretamente pedir a ela que o faça ou celebrar as outras crianças que estão
voltando aos seus assentos (trazendo a atenção da criança com autismo para o que
as outras crianças estão fazendo), ou ainda, intencionalmente esperar que o professor
principal verbalmente direcione a criança de volta para o seu assento.Como auxiliar a criança a procurar ajuda, buscar referências sociais e responder
ao professor auxiliar.
O professor auxiliar pode algumas vezes participar e realizar as atividades que o
professor principal tenha planejado. Em vez de apenas observar as outras crianças e
orientar a criança especial, o professor auxiliar pode também trabalhar na atividade ele
mesmo. O professor auxiliar pode então encorajar a criança a olhar para o que ele
está fazendo em vez de simplesmente dizer a ela o que fazer. Isso permite que a
criança desenvolva habilidades para buscar referências sociais e prestar atenção a
alguma outra pessoa de forma a imitar e aprender com os outros.
Diga diretamente à criança o que você gostaria que ela fizesse.
Celebre quando ela pedir por ajuda e utilize uma das quatro ferramentas (ofereça a
resposta ou a modele para ela, dê como referência as outras crianças, dê como
referência o professor, a encoraje a resolver a questão por si mesma.)FONTE:INSPIRADOS PELO AUTISMO-PROGRAMA SON-RISE

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