terça-feira, 22 de novembro de 2011

O Programa Son-Rise®

O Programa Son-Rise® apresenta uma abordagem altamente inovadora e dinâmica ao tratamento do autismo e outras dificuldades de desenvolvimento similares – uma abordagem relacional, onde a relação entre pessoas é valorizada. O Programa Son-Rise não é um conjunto de técnicas e estratégias a serem utilizadas com uma criança. É um estilo de se interagir, uma maneira de se relacionar com uma criança que inspira a participação espontânea em relacionamentos sociais. Os pais aprendem a interagir de forma prazerosa, divertida e entusiasmada com a criança, encorajando então altos níveis de desenvolvimento social, emocional e cognitivo.

Psicólogos e especialistas em desenvolvimento infantil têm apontado há décadas que crianças que possuem um desenvolvimento típico aprendem melhor através de experiências interativas e emocionalmente prazerosas com outras pessoas. Nestas interações, a criança é um participante ativo ao invés de um recipiente passivo de informação. Nos últimos dez anos, os pesquisadores têm percebido que o mesmo vale para crianças com autismo e dificuldades similares. As novas perspectivas e pesquisas em relação ao autismo estão começando a perceber recentemente aquilo que o Programa Son-Rise já vem praticando há anos. Este programa tem sido utilizado internacionalmente por mais de 30 anos com crianças e adultos representantes de todo o Espectro do Autismo e dos Transtornos Globais do Desenvolvimento.
No início dos anos 70, o casal Barry e Samahria Kaufman, fundadores do Programa Son-Rise®, ouviram dos especialistas que não havia esperança de recuperação para seu filho Raun, diagnosticado com autismo severo e um QI abaixo de 40. Decidiram porém acreditar na ilimitada capacidade humana para a cura e o crescimento, e puseram-se à procura de uma maneira de aproximar-se de Raun. Foi a partir da experimentação intuitiva e amorosa com Raun, há cerca de 30 anos, que eles desenvolveram o Programa Son-Rise. Raun se recuperou de seu autismo após 3 anos e meio de trabalho intensivo com seus pais. Ele continuou a se desenvolver de maneira típica, cursou uma universidade altamente conceituada e agora é o CEO do Autism Treatment Center of America, fundado por seus pais em Massachusetts, nos EUA. Desde a recuperação de Raun, milhares de crianças e adultos utilizando o Programa Son-Rise têm se desenvolvido muito além das expectativas convencionais, algumas delas apresentado completa recuperação.
O Programa Son-Rise é centrado na pessoa com autismo. Isto significa que o tratamento parte do desenvolvimento inicial de uma profunda compreensão e genuína apreciação da pessoa, de como ela se comporta, interage e se comunica, assim como de seus interesses. O Programa Son-Rise descreve isto como o “ir até o mundo da pessoa com autismo”, buscando fazer a ponte entre o mundo convencional e o mundo desta pessoa em especial. Com esta atitude, o adulto facilitador vê a pessoa como um ser único e maravilhoso, não como alguém que precisa “ser consertado”, e pergunta-se “como eu posso me relacionar e me comunicar melhor com essa pessoa?” Quando a pessoa com autismo sente-se segura e aceita por este adulto, maior é a sua receptividade ao convite para interação que o adulto venha a fazer.
O Programa Son-Rise oferece uma abordagem prática e abrangente para inspirar a pessoa com autismo a participar espontaneamente de interações divertidas e dinâmicas com outras pessoas, tornando-se aberta, receptiva e motivada para aprender novas habilidades e informações. A participação da pessoa nestas interações é então fator chave para o tratamento e recuperação do autismo. E o papel dos pais é essencial neste processo de tratamento.

Durante todo o processo, o crescimento emocional dos pais é enfatizado. Orientação atitudinal é oferecida para os pais para ajudá-los a trabalhar quaisquer crenças limitantes ou sentimentos negativos em relação a eles mesmos, à criança ou ao diagnóstico da criança. Instruções práticas são oferecidas para auxiliar os pais na criação de uma nova perspectiva que permita que se relacionem com a criança a partir de um sentimento de apreciação e alegria.

“Toda a aprendizagem acontece no contexto de uma interação divertida, amorosa e espontânea que inspira tanto pais como filhos. Pais que utilizam o Programa Son-Rise relatam não somente um progresso magnífico no desenvolvimento dos filhos, mas também uma melhora dramática em seu próprio bem-estar emocional.”


O Programa Son-Rise propõe a implementação de um programa dirigido pelos pais na residência da criança ou adulto com autismo. As sessões individuais (um-para-um) são realizadas em um quarto especialmente preparado com poucas distrações visuais e auditivas, contendo brinquedos e materiais motivadores que sirvam como instrumento de facilitação para a interação e subseqüente aprendizagem. Devido às diferenças neurológicas apresentadas por uma criança com autismo, os pais aprendem um novo estilo de interação que difere de como eles se relacionam com crianças de desenvolvimento típico.
O Programa Son-Rise é lúdico. A ênfase está na diversão. Isto significa que os pais, facilitadores e voluntários seguem os interesses da criança e oferecem atividades divertidas e motivadoras nas quais a criança esteja empolgada para participar. O mesmo aplica-se para o trabalho com um adulto. As atividades são adaptadas para serem motivadoras e apropriadas ao estágio de desenvolvimento específico do indivíduo, qualquer que seja sua idade. Uma vez que a pessoa com autismo esteja motivada para interagir com um adulto, este adulto facilitador poderá então criar interações que a ajudarão a aprender todas as habilidades do desenvolvimento que são aprendidas através de interações dinâmicas com outras pessoas (por exemplo, o contato visual “olho no olho”, as habilidades de linguagem e de conversação, o brincar, a imaginação, a criatividade, as sutilezas do relacionamento humano). O Programa Son-Rise instrui os pais na criação destas efetivas interações com a criança ou adulto de forma que eles possam dirigir o programa de seus filhos e ajudá-los durante todas as interações diárias com eles.

Inspirados pelo Autismo
Informando, Inspirando e Habilitando Famílias,
Profissionais e Crianças com Autismo
© 2009 Inspirados pelo Autismo -- Contato: info@inspiradospeloautismo.com.br

PECS-Picturing Exchanging Communication System ( Sistema de Comunicação pela Troca de Figuras)

Sabemos que os problemas com a comunicação são uma das maiores preocupações no caso do autismo. Muitas crianças com autismo desenvolvem as habilidades de comunicação mais tarde que as outras crianças e também apresentam geralmente, dificuldades imensas no desenvolvimento da fala. Para os pais é muito frustante não poder entender o que o filho quer ou precisa e a criança geralmente fica frustada, apresentando acessos de birra e outros comportamentos de risco na tentativa de se comunicar.

É claro que os pais querem que o filho seja capaz de falar, mas ao mesmo tempo sabem que falar não é a única forma de se comunicar. Quando pensamos em uma criança sem problemas de comunicação, sabemos que ela pode se comunicar muito antes que ela possa falar uma única palavra.

O PECS foi desenvolvido nos EUA pelo psicólogo Andrew Bondy e pela fonoaudióloga Lori Frost. Eles viram que muitas crianças com autismo tinham dificuldade com imitação, especialmente a imitação verbal (imitar palavras) e mesmo aquelas que eram capazes de imitar, geralmente não usavam as palavras para se comunicar espontaneamente. Bondy e Frost queriam encontrar uma maneira de ajudar as crianças com autismo a se comunicar de uma forma funcionalmente fácil e socialmente aceitável. Também queriam encontrar uma forma de fazê-lo que fosse fácil para os pais e outras pessoas aprenderem e entenderem, dando à criança a possibilidade de se tornar mais integrada socialmente e ao mesmo tempo mais independente.

O PECS foi originalmente desenvolvido para crianças do espectro do autismo em idade pré-escolar, mas está atualmente sendo usado por crianças e adultos com transtornos do espectro do autismo e outros diagnósticos que apresentem dificuldades com a fala e a comunicação.

O PECS é dividido em 6 fases. Na 1ª fase, o objetivo é o de permutar a figura. Mais tarde a criança aprende a generalizar essa habilidade de forma que possa se comunicar com um grande nº de pessoas diferentes, em diferentes lugares e por diferentes motivos. Eventualmente, a criança poderá produzir sentenças com as figuras em uma "tira" de sentenças e poderá expandir o vocabulário.

O PECS dá à criança a possibilidade de expressar suas necessidades e desejos de uma maneira muito fácil de entender. Muitas crianças que começaram a utilizar o PECS também desenvolvem a fala como um efeito colateral, claro que é um efeito colateral muito agradável!



Ulrika Aspeflo ( Leg. Logopede Utbildningscenter Autism, Suécia)

Foi publicabo no BAB - Boletim Autismo Brasil n.3, de agosto de 2005.

Programa TEACCH PARA AUTISTAS

Princípios-chave do programa TEACCH
Reforço da inclusão social
Apoio autista pessoa atividades e organização para que ele possa viver e trabalhar de forma significativa em casa, escola e sociedade. Estes objectivos podem ser alcançados pela redução e mudança de comportamento autista. Reintegração é suportado pelo desenvolvimento da comunicação, através da prática de habilidades sociais, aumentando a capacidade do indivíduo e, alterando o meio ambiente. ( Raudasoja 2006, 40. )
Colaboração dos pais
Reabilitação, educação, planejamento de outros serviços, definição de objetivo e prática de transferir as atividades são realizadas em cooperação com os trabalhadores e famílias ( Raudasoja 2006, 40 ).
Diagnóstico e Avaliação
Diagnóstico e avaliação são baseados em testes, entrevistas e observação, para avaliar as habilidades lingüística e social, habilidades de trabalho e auto-confiança. Com base em avaliações plano de reabilitação é feita para pessoas com autismo em cooperação com seus familiares. ( Raudasoja 2006, 40. )
Reabilitação com base em ensino estruturado
Ensino começa a partir de um plano de estudo pessoal, tendo em conta o desenvolvimento individual da pessoa e as características de aprendizagem. Comunicação, habilidades sociais, habilidades práticas, o apoio à autonomia, bem como preparação para a vida adulta são enfatizados pela educação. Além de ensinar também podem ser necessários outros serviços, como terapia da fala. ( Raudasoja 2006, 40. )
Reforço das competências através da identificação de competências, forças e interesses
Desenvolvimento de competências é baseado em emergentes habilidades, forças e interesses. O objetivo é aprender uso independente das habilidades aprendidas. Para alcançar os objectivos podem exigir modificações de funções, estruturação do ambiente e materiais visual. ( Raudasoja 2006, 41. )
Programa de reabilitação é baseado na teoria cognitivo-comportamental
O referencial teórico para a reabilitação pode ser encontrado em cognitivas e da teoria analítico-comportamental. Para uma criança autista pode ser difícil de analisar as observações individuais e entidades formam devido a deficiências sensoriais. Para ele, pode ser difícil de perceber os acontecimentos e os começos e fins relacionados com a duração, lugares e pessoas. Crianças autistas necessitam do apoio de um ensino estruturado visual, porque eles muitas vezes têm dificuldades para receber e compreender a informação falada. O dia é organizada em série de eventos com os respectivos símbolos visuais. ( Hakala 2001, 91;. Raudasoja 2006, 41 )
Formação de pessoal
Formação de pessoal inclui a consciência geral de avaliação, autismo e e reabilitação, tanto em teoria e prática ( Raudasoja 2006, 41 ).

Programa TEACCH é baseado em projeto de pesquisa por Eric Shopler e Reichler Robert iniciado em 1964 na Carolina do Norte do Estado, que forneceu a base para TEACCH programa que Eric Schopler 1966 estabelecido na University of North Carolina . TEACCH programa fornece reabilitação e serviços para autistas crianças e suas famílias.

Atualmente, a Divisão TEACCH 's diretor Gary Mesibov é responsável pelo programa. Serviços oferecidos pela Divisão TEACCH inclui avaliação, diagnóstico, ensino estruturado, grupos de pais, serviços de educação para profissionais e pais, bem como actividades de investigação. ( Raudasoja 2006, 39-40. )

INTERVENÇÃO:ABA-ANÁLISE COMPORTAMENTAL APLICADA AO AUTISMO

ABA - Análise Comportamental Aplicada ao Autismo

Descrição
Os últimos anos viram o aumento no interesse em análise
Contéudo
Os últimos anos viram o aumento no interesse em análise aplicada do
comportamento (ABA, ou applied behavior analysis) no tratamento do autismo.

Inúmeros programas e prestadores de serviços dizendo fazer ABA apareceram, alguns aparentemente do dia para a noite. Muitas estórias sobre ABA apareceram nas mídias eletrônica e impressa, e várias forças-tarefa e comitês se comprometeram a avaliar
pesquisas publicadas em ABA e outras propostas para o tratamento do autismo. Ainda assim, concepções errôneas sobre ABA – incluindo algumas que estiveram presentes por anos – persistem e muitos programas de tratamento que dizem “fazer ABA” na
verdade não fazem. Como podem famílias, profissionais, e agencias de fomento diferenciar programas e profissionais de ABA genuínos de impostores? É difícil descrever em palavras o que é um tratamento ABA genuíno para autismo, especialmente dentro de um espaço limitado, mas este artigo tenta descrever algumas das características-chave.
Análise do comportamento é uma abordagem científica natural para o
entendimento do comportamento; análise aplicada do comportamento é o uso de métodos analítico-comportamentais e resultados de pesquisa para modificar comportamentos socialmente relevantes de maneira significativa. Autismo é apenas um
de muitos campos nos quais a análise do comportamento tem sido aplicada com sucesso. Desde os anos 60, centenas de pesquisas documentaram a efetividade de
princípios e métodos da análise aplicada do comportamento em construir uma ampla 2 de 4
variedade de habilidades importantes e em reduzir problemas de comportamento em indivíduos com autismo e transtornos relacionados de todas as idades. Hoje, bona fide programação ABA para estudantes com autismo em geral combina muitos métodos
validados por pesquisas em um pacote abrangente, mas altamente individualizado.

Para cada aprendiz, habilidades a serem incrementadas e comportamentos problema aserem reduzidos são claramente definidos em termos observáveis e medidoscuidadosamente através de observação direta, com verificação independente porobservadores secundários. Uma avaliação inicial é conduzida para determinar
habilidades que o indivíduo tem e aquelas que necessita. A seleção de objetivos de tratamento para cada indivíduo é guiada pelos dados da avaliação inicial, e umcurrículo que liste as habilidades em seqüência, em todas as áreas (aprender a aprender, comunicação, social, acadêmica, autocuidado, motora, brincar, etc.), analisadas em
componentes menores e seqüenciadas de acordo com o desenvolvimento, ou de simples-para-complexo. O objetivo geral é ajudar cada individuo a desenvolver habilidades que permitirão que ele ou ela seja tão independente e bem-sucedido(a) quanto possível em longo prazo.

Uma variedade de procedimentos analítico-comportamentais são usados para fortalecer habilidades existentes e formar aquelas ainda não desenvolvidas. Isto envolve arranjar explicitamente para que o aluno tenha múltiplas, repetidas oportunidades para
aprender e praticar habilidades durante cada dia, com reforçamento positivo abundante. Uma maneira de arranjar oportunidades de aprendizagem consiste de um adulto apresentar uma série de tentativas (trials) para o aluno, cada uma consistindo de
um sinal ou dica (cue) específica ou instrução por parte do adulto, a oportunidade do aluno responder, e uma conseqüência apresentada pelo adulto a depender da resposta do aluno. Tais arranjos são chamados tentativas discretas (discrete trials), e são essenciais
para desenvolver muitas habilidades importantes em alunos com autismo.

Mas programações que consistem exclusivamente de procedimentos de tentativas discretas – freqüentemente chamadas de “treino de tentativas discretas”ou DTT) – não são ABA de 3 de 4
ponta, especialmente quando os treinos são usados como num livro de receitas, de maneira não individualizada para cada aluno.
Pesquisas demonstram que o uso excessivo de procedimentos de tentativas discretas tende a produzir habilidades que não generalizam da situação de ensino para outras situações quotidianas. Por esta razão, programação ABA efetiva mistura procedimentos de tentativas discretas com uma variedade de outros procedimentos de
ABA, incluindo seqüências instrucionais iniciadas pela criança (conhecidas como procedimentos de treino incidental), análises de tarefa (task analyses) e encadeamento (chaining) para ensinar habilidades envolvendo seqüências de ações ou passos,
tentativas instrucionais embutidas (embedded) em atividades, entre outros. Ha uma forte ênfase em tornar o aprender prazeroso, e em envolver o aluno em interações sociais
positivas.

Em um programa ABA de qualidade, procedimentos de modificação de
comportamento são claramente especificados. As instruções e dicas (prompts), reforçadores (“recompensas”), materiais, etc que são usados para desenvolver cada habilidade são determinados individualmente para cada aluno.

Há um programa escrito ou instruções para ensinar cada habilidade; o analista do comportamento responsável pela programação treina todas as pessoas que trabalham com o aluno a implementar os programas consistentemente. É particularmente importante para os pais ser treinados a implementar os procedimentos fora das sessões formais de ensino, em uma variedade de ambientes (em casa, no parquinho, na comunidade); pesquisas demonstraram que do contrário, as habilidades do aluno tendem a não generalizar.
Comportamentos não adaptativos (como por exemplo, comportamento estereotipado, autolesivo, agressão e comportamento disruptivo) propositalmente não são reforçados;
comportamentos alternativos apropriados são ensinados e reforçados. O progresso é medido freqüentemente, usando métodos de observação direta mencionados
anteriormente. Dados são transformados em gráficos para possibilitar a visualização do que esta acontecendo com cada habilidade e cada comportamento-problema ou não 4 de 4
adaptativo selecionado para tratamento.
Os dados são avaliados regularmente pelo analista do comportamento supervisionando a programação para que erros na aprendizagem sejam identificados cedo e métodos de intervenção ajustados
rapidamente se o progresso não for satisfatório. O analista do comportamento também observa o tratamento e oferece comentários (feedback) regularmente para as pessoas implementando a intervenção.

Por último, porém não menos importante, uma característica definidora de programas ABA é que eles são dirigidos por profissionais com treinamento formal
avançado em Análise do Comportamento – no mínimo Mestres – assim como experiência supervisionada em delinear e implementar programação ABA para alunos com autismo e diagnósticos relacionados. Estes profissionais tem que ter atingido os
critérios educacionais, de experiência profissional, e de critérios de performance Behavior Analyst Certification Board (http://www.bacb.com) e ser certificados (Board
Certified Behavior Analysts, BCBA). Ou eles devem poder documentar que tiveram ao menos treino e experiência equivalentes. Eles devem aderir às Recomendações de Conduta Responsável do BACB (Guidelines for Responsible Conduct), e basear o tratamento nas melhores evidências científicas disponíveis. Para maiores informações
sobre o treinamento e as habilidades necessárias para dirigir programas ABA para alunos com autismo, veja as recomendações para consumidores (http://www.bacb.com/consum_frame.html)
Dra Gina Green faz parte do Corpo de Trustees do Cambridge Center. Ela foi presidente da Associação de Análise do Comportamento (ABA) e é presidente-eleita da Associação para Análise do Comportamento da Califórnia (California Association for Behavior Analysis -
CalABA).

Este texto foi traduzido do inglês para o português por Daniela Fazzio, MA, BCBA, com
autorização do Cambridge Center for Behavioral Studies (http: //www.behavior.org).

sexta-feira, 18 de novembro de 2011




Acompanhada do presidente do Senado, José Sarney, do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, e do secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antônio José do Nascimento Ferreira, presidenta Dilma Rousseff lança o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR



O governo federal lançou hoje (17) o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o Viver Sem Limite, que reúne ações estratégicas em educação, saúde, cidadania e acessibilidade. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 45,6 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência, o que corresponde a 23,91% da população brasileira. Com o Viver Sem Limite, o governo pretende promover a inclusão social e a autonomia da pessoa com deficiência, eliminando barreiras e permitindo o acesso a bens e serviços.

“Estamos aqui para celebrar a coragem de viver sem limites. É incrível a força que há nas pessoas para vencer desafios e superar limites”, disse a presidenta quando retomou o discurso interrompido pela emoção.

Dilma Rousseff chorou no início da cerimônia realizada no Palácio do Planalto para lançamento do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência ao comentar as presenças das filhas do deputado Romário e do senador Lindbergh Faria.

No discurso, a presidenta ressaltou a importância da autonomia na vida das pessoas com deficiências. E defendeu que todos os brasileiros tenham condições de desenvolver todas as suas potencialidades.

“São brasileiros que podem realizar plenamente seus sonhos individuais, mas podem e devem ajudar a concretizar o nosso sonho coletivo”, afirmou.

Segundo a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, o Viver Sem Limite articula e organiza ações já desenvolvidas no âmbito do governo federal, que foram aprimoradas e fortalecidas para eliminar barreiras e permitir o acesso da população com deficiência a bens e serviços.

“É o reconhecimento da responsabilidade do Estado brasileiro, uma responsabilidade irrenunciável”, disse a ministra.
O secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antônio José do Nascimento Ferreira, explicou que o Viver Sem Limite tem metas para serem alcançadas até 2014, com previsão orçamentária de R$ 7,6 bilhões. As ações previstas serão executadas em conjunto, por 15 órgãos do governo federal, sob a coordenação da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Educação -- Na área da Educação, por exemplo, o plano prevê a ampliação do acesso dos alunos com deficiência à escola, saltando de 229.017 para 378 mil o número de crianças e adolescentes nas salas de aula. Outra medida é adequar as escolas públicas e as instituições federais de ensino superior às condições de acessibilidade.

O Viver Sem Limite determina ainda a implantação de novas salas de aula com recursos multifuncionais e a atualização das salas já existentes, e a oferta de até 150 mil vagas para pessoas com deficiência nos cursos federais de formação profissional e tecnológica.

Saúde – No chamado eixo Saúde, está prevista a ampliação e qualificação da triagem neonatal com a inclusão de dois novos exames no teste do pezinho, além da implantação completa do exame em todos os estados até 2014. O plano também estabelece a implantação de 45 centros de referência em reabilitação, garantindo atendimento das quatro modalidades: intelectual, física, visual e auditiva.

Outra medida refere-se ao atendimento odontológico, com um aumento em 20% no financiamento do SUS para 420 centros de especialidades odontológica. O governo também pretende formar 660 novos profissionais de saúde em órteses e próteses até 2014 para atuar nas oficinas ortopédicas que serão criadas. A expectativa é aumentar em 20% o fornecimento de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção.

Inclusão social – O trabalhador que perder o emprego voltará a receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A garantia está no Viver Sem Limite, que também permite que a renda da aprendizagem seja acumulada com a do BPC. Outra ação prevê a busca ativa e o encaminhamento ao mercado de trabalho de 50 mil beneficiários.

Acessibilidade – O eixo Acessibilidade prevê a construção e 1,2 milhão de moradias adaptáveis pelo programa Minha Casa, Minha Vida 2. As obras de mobilidade urbana da Copa do Mundo 2014 e do PAC 2 também serão adaptadas aos portadores de deficiências.

Outras medidas preveem a implantação de cinco centros tecnológicos de formação de instrutores e treinadores de cães-guias, microcrédito pelo Banco do Brasil para aquisição de produtos de tecnologias assistivas no valor de até R$ 25 mil e juros de 0,64 ao mês e desoneração tributária de R$ 609,84 milhões até 2013 sobre esses produtos.
fonte:BLOG DO PLANALTO

cerimonia de lançamento do viver sem limites

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Professor é o único representante do RS em Comitê Nacional


O professor Danilo Rolim de Moura, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), é o único representante do Rio Grande do Sul no Comitê Consultivo Nacional para Políticas de Pessoas com Deficiência. Ele será empossado na condição de membro titular na próxima quinta-feira(17), em Brasília, no Palácio do Planalto.

A presidente da República, Dilma Rousseff, dará posse ao professor da UFPel. O reitor da Universidade, Cesar Borges, professores e médicos da UFPel, além de amigos de Danilo Rolim de Moura, participarão da solenidade na capital federal.

Dedicado colaborador da Gestão Cesar Borges na área da Saúde e um dos defensores do projeto Hospital-Escola com 370 leitos, empreendimento já autorizado por Brasília e que terá obras iniciadas em dezembro, Danilo Rolim de Moura atuou no projeto do antigo Paliteiro, pronto atendimento nos fundos da Faculdade de Medicina, e na transformação do antigo Hospital Santa Tereza em Centro de Pesquisas em Saúde Amílcar Gigante.FONTE:DIÁRIO POPULAR,Pelotas, segunda-feira, 14 de novembro de 2011, 21h31min

sábado, 5 de novembro de 2011

ALGUMAS DICAS PARA O DIA A DIA DA CRIANÇA AUTISTA.

‎4 dicas para o dia a dia da criança autista

1. Trabalhe para a independÊncia de seu filho.

Incentive seu filho a se vestir sozinho. Uma técnica muito utilizada é começar deixando apenas o último passo para ele. Se estiver ensinando a vestir uma camiseta, coloque tudo e deixe apenas que ele puxe para passar a cabeça; se for uma calça, coloque as pernas e deixe que ele a puxe até a cintura. Assim ele entenderá que a ação era vestir a peça. Vá retrocedendo em pequenos passos até que ele execute a ação de forma inteiramente independente.

Incentive-o também, da mesma forma, a se servir, comer, beber e assim por diante.

Ao fazer isto, fique calma e elogie tranquilamente cada pequeno avanço. Não fale mais que o necessário e evite irritar-se com pequenos retrocessos. Pense que neste momento você é mais que um pai e uma mãe. Você é um pai ou uma mãe que está cumprindo um papel muito importante para seu filho.

2. Estabeleça rotinas que facilitem a organização de seu filho.

A criança autista tem uma tendÊncia muito grande a se fixar em rotinas. Você pode utilizar isso a favor da tranquilidade da mesma. Por exemplo, para organizar uma boa noite de sono, em horários pré-ixados, dê o jantar, o banho, vista o pijama, coloque-a na cama e abaixe a luz. A ordem pode ser esta ou alguma outra um pouco diferente, de acordo com sua preerência.

Nada melhor para enfrentar um dia duro de trabalho que uma boa noite de sono. E uma rotina para encerrar o dia funciona bem para a maioria das pessoas.

Mas tente fazer disto uma forma natural de encerrar o dia de seu ilho, e não um ponto de atrito entre membros da família.

3. Ensine seu ilho a quebrar rotinas.

Faça pequenas mudanças na vida diária, no começo de preferência uma de cada vez. Mude o lugar de seu filho à mesa, tente variar a comida, colocar a TV em um canal que não seja o preferido dele, mude o caminho de ir à escola. As rotinas não são imutáveis, e é melhor que seu filho aprenda isto desde cedo.

Você pode achar paradoxal, mas ao mesmo tempo em que a rotina é importante, é importante também aprender a aceitar mudanças.

4. Frequente locais públicos com seu filho.

Se seu filho or pequeno, dê preerência a parques públicos onde ele possa brincar em atividades necessárias para qualquer criança - principalmente para ele -, como escorregar, balançar-se, pendurar-se, etc.

Se ele for maior, faça caminhadas em parques, será muito bom tanto para você quanto para ele.

É importante frequentar locais públicos com seu filho, mesmo porque algumas vezes isto é inevitável.

Se você tiver oportunidade de organizar-se neste sentido, depois de algum tempo vai perceber que realmente valeu a pena.

Fonte: Autismo - Guia Prático (Ana Maria S. Ros de Mello)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

DESTINOS E AÇÕES PARA O RIO GRANDE Seminário aponta necessidade de capacitar profissionais para atender autistas

Educação, atendimento e desenvolvimento de autistas foi o tema da segunda mesa de debates do Seminário Estadual sobre o Autismo. A atividade, realizada no Plenário 20 de Setembro, na tarde desta sexta-feira (4), integrou o programa Destinos e Ações pelo Rio Grande, promovido pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul em parceria com a Câmara dos Deputados.

Coordenada pelo deputado Alexandre Lindenmeyer (PT), a mesa teve como palestrantes o professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Danilo Rolim de Moura, e a terapeuta da Casa da Esperança, Cláudia Hartwig. Eles falaram da importância da intervenção e do diagnóstico precoce do autismo, do atendimento multidisciplinar e da necessidade de capacitar profissionais para atender os portadores do transtorno de desenvolvimento que atinge, segundo estimativas, mais de 60 milhões de brasileiros entre 1 e 19 anos, sendo mais de 3 milhões no RS.

Conforme Lindenmeyer, um dos encaminhamentos do seminário é a busca de diálogo junto ao governo do Estado para que as ações a serem realizadas em relação ao autismo sejam feitas pelas secretarias de forma transversal. O deputado também convidou as entidades para colaborar com sugestões para a Semana Estadual do Autismo, que será realizada em abril de 2012, graças a lei sancionada pelo governador Tarso Genro, a partir de projeto de Lindenmeyer.
Capacitação de profissionais
O professor Danilo Rolim de Moura falou sobre convênios com universidades para capacitação de professores da rede pública estadual para o atendimento de portadores do espectro autista. Ele citou a experiência da UFPel, que inaugurou, em maio, um núcleo para capacitar mão de obra para trabalhar junto aos autistas, e defendeu o atendimento multidisciplinar.

Apresentando alguns resultados de suas pesquisas sobre o desenvolvimento infantil, o professor demonstrou que ações simples realizadas na primeira infância, como os pais lerem estórias para seus filhos, podem diminuir a probabilidade de atraso no desenvolvimento dessas crianças. “Se isso ocorre, então imaginemos o que pode ser feito com uma intervenção estruturada”, avaliou, lembrando que o desenvolvimento infantil é bastante dinânico e uma intervenção e diagnóstico precoces podem contribuir.

Ele defendeu ainda um programa que trabalhe com as crianças autistas, a exemplo do bem estruturado e reconhecido mundialmente programa de combate à Aids brasileiro. ““Não existe uma rede pública voltado para os transtornos do desenvolvimento”, lamentou. Citou também alguns dos problemas enfrentados pelas famílias dos autistas, como a exaustão financeira e a dificuldade de se incluir uma criança autista em uma classe escolar, já que o transtorno se manifesta de maneira distinta em cada pessoa. “Algumas conseguem se incluir, outras precisam de um preparo que deve ser feito de forma individualizada e isso ainda não existe no Brasil, infelizmente”.
Casa da Esperança
A terapeuta Cláudia Hartwig apresentou a experiência da Casa da Esperança, organização criada em 1993, no Ceará, e que atende diariamente mais de 350 crianças e jovens autistas, em regime de 4 ou 8 horas por dia. Possui sede em Fortaleza e uma unidade em Ananindeua, no Pará. “Atualmente ela é a organização brasileira que atende mais autistas no Brasil”, informou ela, que tem um filho autista de 15 anos.

A entidade é credenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para realizar procedimentos de alta complexidade em pessoas com autismo. Presta serviços de avaliação e diagnóstico, acompanhamento especializado, atendimento ambulatorial e suporte às famílias e atua em quatro setores: intervenção precoce (avaliação e primeiros atendimentos), educação especializada (acompanhamento e reforço escolar), educação para o mundo do trabalho e vivências terapêuticas.

Claudia também defendeu a intervenção e diagnósticos precoce. Ela disse que o objetivo geral da terapia oferecida pela Casa da Esperança é a inclusão do autista na vida familiar e na sociedade, por isso é importante a convivência de crianças autistas com crianças sem autismo. “Incentivamos os pais a fazerem isso”, explicou.

A terapeuta também relatou a experiência do filho que, antes de ser atendido na entidade, relacionava-se apenas com integrantes da família. “Dentro da Casa da Esperança, ele se encontrou, e ver que ele tem um lugar no mundo, que tem amigos, que convive com outras pessoas, não tem preço”, confidenciou.
Presenças
Participaram também da segunda mesa a presidente da Abra – Associação Brasileira de Autismo, Marisa Fúriada; o presidente do Instituto Autismo e Vida, Marcelo Lima; Vânia Reichelt, da Associação de Pais e Amigos do Autista do RS (AmaRS); Heide Kirts, da Associação Pandorga, de São Leopoldo; a presidente da Associação Gota D`Àgua , de Bento Gonçalves, Miramayer Gabin; Ana Esmeraldo, da Ama Farroupilha; Márcia Kraemer, da Associação dos Amigos dos Autistas (Amparho), de Pelotas; e Antônio Almeida, da Ama Vale do Sinos.
fonte:Letícia Rodrigues - MTB 9373 | Agência de Notícias 18:55 - 04/11/2011
Edição: Sheyla Scardoelli - MTB 6727