quinta-feira, 31 de março de 2011

Subcomissão deve discutir diagnóstico e atendimento a autistas

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a ser celebrado neste sábado (2), motivou audiência pública da Subcomissão Permanente de Assuntos Sociais das Pessoas com Deficiência (Casdef), realizada nesta quinta-feira (31). Após estimar a existência de dois milhões brasileiros portadores de Transtorno do Espectro Autista (TEA), o presidente da subcomissão, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), propôs convidar representantes do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) para discutir formas de diagnóstico e atendimento multidisciplinar.

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CDH discute elaboração de Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com autismo

Lindbergh encaminhou, na verdade, apelo de representante da Coordenadoria para Inclusão da Pessoa com Deficiência do Distrito Federal (Corde/DF), Fernando Cotta. O grande desafio dos autistas, segundo o expositor, é a dificuldade de diagnóstico desse transtorno. Assim, defendeu a criação de centros de referência para capacitar profissionais de saúde e assistência social a identificar e lidar com o autismo.

A presidente do Movimento Orgulho Autista Brasil (Moab), Adriana Alves, ressaltou a luta pelo reconhecimento do portador desse distúrbio como deficiente. Em seguida, lamentou o veto integral do governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) ao projeto de lei que garantia atendimento público para autistas nas áreas de educação, saúde, segurança, assistência social no DF.

Além de Lindbergh, os senadores Wellington Dias (PT-PI) – que tem uma filha autista -, Cristovam Buarque (PDT-DF), Pedro Taques (PDT-MT) e Casildo Maldaner (PMDB-SC) questionaram as razões do veto de Agnelo Queiroz.

Ainda sobre o autismo, o senador Waldemir Moka (PMDB-MS) frisou a relevância do diagnóstico precoce para o desenvolvimento de seus portadores. Assim como a senadora Ana Amélia (PP-RS), considerou importante a socialização dos autistas com pessoas livres do distúrbio, mas defendeu a manutenção de instituições dedicadas à educação especial de deficientes.

Wellington Dias também aproveitou para cobrar regras diferenciadas para aposentadoria de portadores de deficiência e uma carga horária mais flexível para trabalhadores com filhos nesta condição. Já Cristovam deverá pedir uma sessão plenária especial pelo Dia Mundial do Autismo e apresentar projeto de lei para o ensino optativo da Língua Brasileira de Sinais (Libras) na rede escolar do país.

Pedro Taques observou que ações afirmativas nessa área poderiam ser viabilizadas por termos de ajustamento de conduta negociados com o governo, dispensando a aprovação de projetos de lei. Casildo Maldaner concordou com a sugestão do parlamentar do Mato Grosso e reforçou a importância da luta contra a segregação de 25 milhões de brasileiros portadores de algum tipo de deficiência.

A Casdef volta a se reunir na próxima quinta-feira (7), às 11h, para discutir seu plano de trabalho. Lindbergh pretende convocar audiências públicas para debater a educação especial para deficientes visuais e auditivos e a inclusão dos portadores de deficiência no mercado de trabalho.

Simone Franco / Agência Senado

quarta-feira, 30 de março de 2011

DIA MUNDIAL DO AUTISMO




DIA 02 DE ABRIL É O DIA MUNDIAL DO AUTISMO!
PARTICIPE!
DIVULGUE!
PROGRAMAÇÃO EM PELOTAS/RS: às 11:hrs do dia 02 de abril faremos uma manifestação no calçadão da rua Andrade Néves/esquina Sete de Setembro; no chafariz.Vista uma camiseta azul.Vista a cor, que representa o AUTISMO!
Às 9:hrs do dia 04 de abril haverá uma audiência pública na CÂMARA DE VEREADORES DE PELOTAS.Participe!Precisamos de um centro de atendimentos terapeuticos e Pedagógicos para todos os portadores de Autismo e Relacionados.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Várias leis e documentos internacionais estabeleceram os Direitos das pessoas com deficiência no nosso país. Confira alguns deles

1988
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
Prevê o pleno desenvolvimento dos cidadãos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação; garante o direito à escola para todos; e coloca como princípio para a Educação o “acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um”.

1989
LEI Nº 7.853/89
Define como crime recusar, suspender, adiar, cancelar ou extinguir a matrícula de um estudante por causa de sua deficiência, em qualquer curso ou nível de ensino, seja ele público ou privado. A pena para o infrator pode variar de um a quatro anos de prisão, mais multa.

1990
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)
Garante o direito à igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, sendo o Ensino Fundamental obrigatório e gratuito (também aos que não tiveram acesso na idade própria); o respeito dos educadores; e atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular.

1994
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA
O texto, que não tem efeito de lei, diz que também devem receber atendimento especializado crianças excluídas da escola por motivos como trabalho infantil e abuso sexual. As que têm deficiências graves devem ser atendidas no mesmo ambiente de ensino que todas as demais.

1996
LEI E DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL (LBD)
A redação do parágrafo 2o do artigo 59 provocou confusão, dando a entender que, dependendo da deficiência, a criança só podia ser atendida em escola especial. Na verdade, o texto diz que o atendimento especializado pode ocorrer em classes ou em escolas especiais, quando não for possível oferecê-lo na escola comum.

2000
LEIS Nº10.048 E Nº 10.098
A primeira garante atendimento prioritário de pessoas com deficiência nos locais públicos. A segunda estabelece normas sobre acessibilidade física e define como barreira obstáculos nas vias e no interior dos edifícios, nos meios de transporte e tudo o que dificulte a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos meios de comunicação, sejam ou não de massa.

2001
DECRETO Nº3.956 (CONVENÇÃO DA GUATEMALA)
Põe fim às interpretações confusas da LDB, deixando clara a impossibilidade de tratamento desigual com base na deficiência. O acesso ao Ensino Fundamental é, portanto, um direito humano e privar pessoas em idade escolar dele, mantendo-as unicamente em escolas ou classes especiais, fere a convenção e a Constituição

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
Prevê o pleno desenvolvimento dos cidadãos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação; garante o direito à escola para todos; e coloca como princípio para a Educação o “acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um”
fonte:revista nova escola

Cada um aprende de um jeito

Cada um aprende de um jeito

Centro de tratamento de pessoas com autismo

sexta-feira, 18 de março de 2011

Técnicas utilizadas para criar e prolongar a interação

Construir a partir de um ismo
Ajudar a criança a ficar bem motivada antes de solicitar algo dela
Começar com formas simples de participação da criança na brincadeira
Oferecer um “papel” simples e claro para a criança na brincadeira
Elaborar brincadeiras a partir das motivações da criança
Incorporar as idéias da criança na brincadeira
Dar controle
Solicitar persistentemente que a criança participe
Juntar-se sempre que a criança estiver em isolamento
Reiniciar a brincadeira quando a criança estiver disponível
Chamar a criança de volta para a brincadeira quando ela anda/movimenta-se para fora da
brincadeira mas ainda não está em isolamento
Celebrar qualquer tentativa de participação ou movimentos em direção à brincadeira
Verbalizar a sua crença na habilidade da criança
Explicar as razões para a solicitação
Utilizar os 3Es (Energia, Empolgação, Entusiasmo)
Iniciar apaixonadamente a brincadeira
Modificar a brincadeira com base nos sinais oferecidos pela criança
Variar a brincadeira com o passar do tempo
Incorporar a imaginação na brincadeira
Incorporar atividade física na brincadeira
Incorporar estimulação sensorial na brincadeira
Utilizar objetos novos/interessantes
Alternar a vez entre facilitador e criança

Recomendações para a Escola:

Os equipamentos seguintes podem ajudar algumas crianças:
• Algumas crianças podem se beneficiar do uso de lápis ou canetas com
circunferências de corpo mais grossas. Canetas e lápis com circunferência de
corpo maior diminuem a tensão muscular e as tornam mais confortáveis para
escritas mais extensas. Observação: agarras extras em lápis são muitas vezesdesajeitadas para segurar o lápis corretamente. Se possível, utilize canetas ou lápis
que foram fabricados com um corpo mais grosso. O importante é encontrar algo
confortável para a criança.
• Uma régua com uma faixa elevada ao longo de seu comprimento pode ajudar uma
criança a usá-la com sucesso. Estas são conhecidas como réguas de projetista.
• Algumas crianças devem usar uma “moldura de papel-cartão” durante a leitura
para encobrir palavras e linhas ao redor. Isso reduz o desafio perceptivo de uma
página inteira impressa.
• Algumas crianças precisam ser posicionadas na classe de forma que seus
movimentos não colidam em nenhuma outra pessoa. Algumas crianças se
beneficiam do uso de acessórios para os assentos como almofadas infláveis,
inclinadas e texturizadas (ex: “Move and Sit Cushion Wedge” no site
http://shoponline.pfot.com/seatcushions.htm).Habilidades de motricidade grossa:
• Jogos e atividades de movimento incorporando movimentos em todas as posições
– caminhar/correr/engatinhar/rolar - em uma variedade de ambientes; estruturas de
escalada enfatizando movimentos espontâneos em vez de habilidades aprendidas
• Aumento da estabilidade postural a partir do reforço dos ombros e quadris por
meio de esportes requerendo rolamento de peso e trabalho contra resistência,
natação, escalada, atividades de se arrastar/engatinhar, carrinhos de mão, barras
do tipo trepa-trepa, etc
• Use atividades de ‘sugar’ e ‘soprar’ – soprar tintas, canetas de soprar, canudos
para beber e para brincar de levantar e deixar um objeto cair. Estas atividades
podem ser adaptadas para as tarefas de casa, como aprender a soletrar ou tabelas
de multiplicação. Isso promove tanto a estabilidade postural como o controle
visual.Equilíbrio:
• Experiências de movimentos espontâneos sobre superfícies desiguais
• Para aumento da estabilidade postural veja acima
• Balanço de jardim ou de parquinho
• Variedade nos jogos de movimentação e posição; engatinhar, arrastar-se, rolar,
para frente, para trásPercepção Visual:
• Evite a desordem visual; mantenha a área de trabalho simples e arrumada
• Limite a exposição a materiais visualmente complexos; tenha uma área com
poucos estímulos visuais disponível para o uso da criança quando estressada
• Use uma “moldura de papel cartão” para leitura de áreas específicas
• Brinque com jogos de percepção visual (ex: palavras com as letras embaralhadas)
por breves períodos, já que a criança com dificuldades de processamento visual
tende a se cansar rapidamente.Habilidades de Atenção:
• Atividades para impulsionar a atenção que promovem a estimulação sensorial por
meio da participação em movimentos ativos:
o Pressões na cadeira
o Dieta sensorial para manter-se alerta: pequenos intervalos com movimentos
físicos para manter-se alerta.
Atividades de desenvolvimento sugeridas
Habilidades de motricidade fina:
• Aumentar as oportunidades de brincadeiras táteis – cozinhar / fazer jardinagem /
fazer artesanato
• Brincadeiras de processamento / discriminação tátil – caixas táteis, pareamento
por forma, pareamento por textura
• Enfatizar os movimentos da mão e do braço todo: utilizar equipamentos grandes,
brinquedos e jogos de tamanho gigante
• Aumentar a estabilidade postural para melhorar a estabilidade das juntas a partir do
reforço dos ombros e quadris por meio de esportes que requerem rolamento de
peso e trabalho contra resistência, natação, escalada, atividades de se arrastar ou
engatinhar, fazer “carrinhos de mão”, barras do tipo trepa-trepa, etc
• Atividades que desenvolvam continuamente habilidades motoras finas;
coordenação olho-mão, escrita cursiva, etc. Por exemplo: laçar, bordar, trabalhar
com miçangas, brinquedos de martelar.
Ajudar uma criança em sua integração sensorial pode ajudar a criança a:
• assentar-se quieta na cadeira por conta própria
• assentar-se com o tronco ereto para trabalhar em uma mesa
• manter-se na tarefa sem precisar de constante ajuda para se concentrar
• melhorar a fluência e legibilidade da escrita
• fazer um trabalho em uma página apropriadamente
• cansar-se menos
• ter movimentos mais fluidos
• melhorar nas habilidades com a bola – poder arremessar e pegar.

O AMBIENTE DA CLASSE ADAPTADO ÀS NECESSIDADES SENSORIAIS

Para muitas crianças, algumas alterações feitas no ambiente escolar podem ajudá-las
a se sentirem mais concentradas e calmas. Aqui estão algumas questões a serem
consideradas.
Poderia ser benéfico para a criança ter um espaço 1:1 ou um “ninho” na classe, ou ter
uma outra sala de “recarga/descanso/ninho” à disposição?
Há meios de você diminuir o nível de distração / sobrecarga sensorial na classe? Se
existem muitas imagens / informações / cores espalhadas pelas paredes da classe, a
criança que está sujeita a ficar sobrecarregada com um excesso visual pode se
beneficiar se você diminuir o nível de distração visual ou sentar a criança em uma área
em que exista menos distrações visuais. Pode ser particularmente importante reduzir
a desordem visual atrás ou em volta do professor à frente da classe.Observe se a criança mostra-se mais concentrada ao sentar-se na frente, atrás, no
meio ou no canto da classe. Algumas crianças podem ter uma necessidade fisiológica
de se mover de forma a permanecerem alertas. Se esse for o caso da sua criança,
assentá-la no fundo da sala e ser flexível ao permitir que ela se mova pode ser uma
estratégia útil. Algumas crianças simplesmente se beneficiam de se levantarem
enquanto trabalham em suas carteiras. Outras podem concentrar-se mais se elas
estiverem posicionadas diretamente na frente do professor, em vez de terem de girar
para o lado para ver o professor. Muitas crianças se saem melhor se sentadas
próximo a alunos mais quietos que não aumentam o nível de distração. Pode ainda
ajudar se a carteira da criança não estiver próxima a um corredor ou passagem com
bastante movimento.
A cadeira/mesa tem tamanho apropriado para a criança? Uma criança com baixo
tônus muscular vai achar mais difícil concentrar-se enquanto em sua carteira se a
mesa e a cadeira não oferecerem o suporte apropriado ao corpo.A criança se torna distraída ou sobrecarregada com os sons? Há alguns modos de
você diminuir o som ambiente no contexto da classe, tais como colocar um carpete no
piso da classe ou instalar cortinas para bloquear o som vindo de fora. Em alguns
casos, pode-se cobrir o sino da escola de forma que ele não soe tão alto. Para
algumas crianças, pode ser útil prover um conjunto de fones ou protetores de ouvidos
capazes de bloquear os ruídos, os quais podem ser usados pela criança de tempos
em tempos para descansar do barulho.
Algumas crianças se beneficiam de uma mesa inclinada para que elas não tenham que
se curvar para enxergar ou escrever nos seus papéis. Se a mesa não for inclinada
você pode colocar uma estrutura inclinada no topo dela. Seria útil prover alguns
desses espaços de trabalho inclinados na classe para outras crianças também deforma que a criança com necessidades especiais pudesse se sentir mais integrada no
ambiente.As lâmpadas fluorescentes parecem distrair a criança? Algumas crianças são
distraídas pelo zumbido e pelo piscar das lâmpadas fluorescentes. Você pode mudar
para lâmpadas incandescentes ou ter uma cobertura para a luz fluorescente. Em
algumas salas de aula a iluminação é dividida em seções, dessa forma você poderia
manter as luzes desligadas em uma das seções e sentar a criança nessa área
garantindo que exista apenas a quantidade de luz necessária. Para crianças com
sensibilidade à luz recomendamos uma sala parcialmente protegida durante os
períodos de pico de luz solar.
A sua criança perde o foco ou se torna irritada e frustrada facilmente se há um tempo
extenso entre as refeições? Tenha um lanche saudável disponível na escola, até
durante os momentos em que não há hora programada para lanches, para ser
oferecido às crianças que têm grandes variações no açúcar do sangue, e subseqüente
variação na habilidade de se concentrarem.
Para algumas crianças com dificuldade no processamento auditivo torna-se
importante prover instruções por escrito ou instruções visuais em vez de ter apenas o
professor ou um facilitador dando instruções verbais.Almofadas no assento ou no chão podem ajudar algumas crianças a manter o nível de
concentração. Um grande pufe pode ser também útil.
Permanecer em fila é mais fácil para algumas crianças se elas estão na frente ou atrás
da fila, ou em alguns casos, se elas têm alguma coisa para segurar (objetos para a
próxima atividade, a porta, etc).
A designação de um parceiro/um amigo no parquinho da escola pode ajudar a facilitar
a conexão social no parque ou pátio. Oferecer jogos ou atividades específicas para as
crianças pode ser ainda mais eficaz.Algumas crianças se beneficiam de atividades de aquecimento proprioceptivo antes
de escrever ou pintar. Você pode usar uma massinha para moldar, apertar, rolar, etc.
Você pode usar uma pequena bola para apertar ou simplesmente apertar as mãos
junto ao punho e depois balançá-las algumas vezes.
Cobertores pesados ou almofadas de colo pesadas podem ajudar algumas crianças a
permanecerem mais concentradas.
Observe como o nível de foco da criança muda quando o professor está se movendo
ou quando ele está parado. Algumas crianças podem prestar mais atenção ao que o
professor está dizendo quando ele se move, e em outros casos quando ele permanece
paradoTenha folhas de trabalho pré-preparadas e disponíveis para a criança que tem
dificuldade com a motricidade fina, em vez de fazer com que ela copie tudo do
quadro.
Algumas crianças prestam mais atenção a uma atividade se elas são alertadas de que
o professor está a ponto de dar uma instrução.
Algumas crianças com dificuldade para escrever podem ditar as respostas para um
dos pais ou para o professor auxiliar. Certifique-se de que a criança ainda tenha
tempo para trabalhar suas habilidades de motricidade fina e escrita.
A utilização de um teclado e um computador pode algumas vezes ser mais prático e
mais efetivo para determinadas crianças.Considere maneiras de dar intervalos em meio ao ambiente da classe que pareçam
naturais, como os intervalos regulares para beber água, apontar o lápis ou recolher e
distribuir material da classe.
Poderia ser útil para a criança se você desse a ela algumas ferramentas adicionais
para manejar e organizar o tempo? Algumas crianças apresentam dificuldade em
compreender o período de duração de alguma atividade ou o tempo previsto para a
atividade durar. Em alguns casos, pode ser útil a utilização de cronômetros
(cronômetro sonoro ou visual) ou de avisos de que faltam 5 minutos e depois que falta
1 minuto para a atividade acabar. Algumas crianças se beneficiam de um cronograma
diário visual, um quadro de rotinas ou um planejamento diário. Você pode também, se
a criança parecer se beneficiar, criar listas de atividades do dia e marcar com ela o que
já tiver sido feito na lista.
Se a criança tem percepção visual ou convergência de problemas, então usar uma
regra ou um marcador de livro para marcar para onde você quer que a criança olhe ou
leia pode ser útil.Prepare-se para a escola (roupas, lanche, mochila, etc.) na noite anterior, de forma que
as manhãs sejam menos estressantes e a sua criança chegue à escola calma e mais
pronta para concentrar-se nas atividades propostas.FONTE:INSPIRADOS PELO AUTISMO-PROGRAMA SON-RISE
Incorpore celebrações sociais durante o dia da criança na escola. Mostre e
compartilhe de formas variadas o quanto você aprecia o engajamento social da
criança. Celebre o contato visual, os contatos físicos gentis, a comunicação interativa,
e a resposta às solicitações. Celebre as interações sociais que a criança tem com
adultos, assim como as que ela tem com outras crianças.Fique atento ao estado de disponibilidade da criança quando introduzir
atividades (em isolamento, interessada, altamente conectada). Nos períodos em que
decidir utilizar um estilo responsivo de interação, apenas introduza atividades se a
criança estiver interessada (presença de contato visual ou comunicação) ou
altamente conectada (geralmente maior contato visual, animação facial, maior
participação ativa). Ao utilizar o estilo responsivo de interação, respeite quando a
criança disser não a uma atividade e pause antes de re-introduzir a mesma
atividade, ou introduza uma das atividades pelas quais a criança sente-se
motivada, ou permita que a criança escolha uma atividade.Crie uma lista das atividades que são motivadoras para a criança (atividades
interativas que já são favoritas da criança). Ofereça as atividades motivadoras quando
a criança estiver nos estados interessado ou altamente conectado.Incorpore o princípio de ação motivadora na criação das atividades da classe,
tendo em mente as metas desejadas. Por exemplo, se você estiver trabalhando no
desenho de círculos e a criança for motivada por dinossauros, então você poderia
desenhar círculos ou “pegadas” ao redor dos pés dos dinossauros e encorajar a
criança a fazer o mesmo. Se a atividade incluir a leitura de uma história e perguntas e
respostas sobre abelhas e a criança for motivada por brincadeiras físicas e cócegas,
então você poderia desenhar e prender uma pequena abelha de papel em seus dedos,
e fazer cócegas na criança com ela. Leia a estória da abelha e intercale com animadas
cócegas da abelha, ajudando a criança a manter-se interessada. Mais tarde na
atividade, quando solicitar que ela responda a questões de compreensão do texto,
ofereça animadas cócegas da abelha após cada resposta.Durante sessões responsivas, permita a ocorrência de atividades de autoestimulação
e junte-se à atividade da criança (quando possível). Incorpore o
“juntar-se” à rotina da escola. Tenha momentos em que o professor ou o professor
auxiliar/mediador reproduza o comportamento de isolamento da criança de forma a
demonstrar aceitação e adquirir maior compreensão de seu universo com o objetivo
de aprofundar a relação com a criança. Se a criança estiver inserida em uma classe
convencional dentro de um projeto de inclusão, ocasionalmente ofereça às outras
crianças a oportunidade de juntar-se aos comportamentos de sua criança (crianças
freqüentemente têm uma tendência natural a juntar-se ao comportamento das outras).
Isso pode tornar o comportamento da criança menos distinto do comportamento
das outras crianças, encorajando maior conexão entre elas.Algumas crianças se beneficiam com a alternância entre períodos em que
permanecem sentadas e concentradas e períodos de intensa estimulação
sensorial. Atividades de estimulação sensorial podem incluir ações como pressões
na cadeira para levantar-se (enquanto você permanece sentando, segure as laterais do
assento da cadeira ou repouse sua mão em suas próprias coxas e pressione para
baixo, como se estivesse prestes a se levantar, repita dez vezes) ou ofereça curtos
períodos de movimentos físicos intensos como pular na cama elástica, correr, dançar,
rolar no chão, etc.Ofereça mais explicações para a criança com autismo em sua classe e ofereça
estas explicações das mais variadas formas. Freqüentemente, a linguagem
expressiva da criança está muito aquém de sua linguagem receptiva. Se a criança
pode compreender o que você está explicando, então uma ótima oportunidade pode
estar sendo perdida quando explicações não são concedidas (nada é perdido se a
criança não compreende). Até mesmo quando a criança ainda não compreende a
explicação, ao oferecermos a explicação estamos oferecendo a ela oportunidades
contínuas de aumentar a sua compreensão.Explicar de formas variadas:
Experimente explicar utilizando sentenças completas e compartilhando detalhes do
que está acontecendo e o porquê.
Experimente explicar utilizando sentenças simples e curtas.
Experimente explicar utilizando figuras ou símbolos visuais.
Experimente explicar através de modelagens (você é o modelo) e encenações.
Experimente explicar através do uso de histórias sociais, como as histórias sociais de
Carol Gray (http://www.thegraycenter.org/social-stories/what-are-social-stories).METAS PARA O PROFESSOR AUXILIAR/MEDIADOR QUE TÊM COMO OBJETIVO
AJUDAR A CRIANÇA NO AMBIENTE DE UMA ESCOLA CONVENCIONAL
(Informações dirigidas aos professores auxiliares/mediadores)
Nós queremos que a criança aprenda a:
1) Procurar ajuda, buscar referências sociais e dirigir sua atenção a outras crianças.
2) Procurar ajuda e responder ao professor principal.
3) Manter a sua auto-regulação.
4) Procurar ajuda, buscar referências sociais e responder ao professor auxiliar.Como auxiliar a criança a procurar ajuda, buscar referências sociais e dirigir sua
atenção a outras crianças.
Quando trabalhando em uma atividade, o professor auxiliar pode fazer comentários,
apontar e celebrar o trabalho de outras crianças naquela atividade. Isso encoraja a
criança com autismo a prestar mais atenção ao que as outras crianças na classe estão
fazendo. O professor auxiliar pode também apontar, “Olhem como Charlie está
esperando na fila pela sua vez. Nossa, é ótimo isso que o Charlie está fazendo.” Em
outros momentos, o professor auxiliar pode pedir a uma criança responsiva para
explicar algo para a criança com necessidades especiais ou até, em alguns
momentos, encorajar uma outra criança a escrever em seu caderno para que a criança
com autismo copie, etc.Como auxiliar a criança a procurar ajuda e responder ao professor principal.
Para fazer isso, a criança com necessidades especiais deve ser em alguns momentos
corrigida pelo professor em vez de ter o professor auxiliar sempre a ajudando ou
tomando o lugar do professor. O professor auxiliar deve trabalhar em parceria com o
professor principal para que possam equilibrar este trabalho conjunto de uma forma
que seja eficaz para a criança especial e para os seus colegas de classe.
Como auxiliar a criança a manter a auto-regulação.
Permita que a criança algumas vezes sente-se e concentre-se novamente sem o
estímulo do professor ou professor auxiliar. Isso pode levar mais tempo, mas permite
que a criança desenvolva habilidades úteis de auto-regulação. Por exemplo, muitas
das crianças neurotípicas se levantam entre atividades e se movem pela classe (ou até
dão pulinhos e ou pequenos giros por alguns instantes). Observamos com freqüência
professores auxiliares tentando manter a criança com autismo sentada. Em vez de
manter a criança com autismo sentada, permita que ela se levante e se mova ao redor
se as outras crianças estiverem fazendo isso. Então, dê a ela a oportunidade de voltar
ao seu assento antes que a próxima atividade comece. Pause e observe se a criança
volta sozinha. Se ela não voltar a se sentar por conta própria, o professor auxiliar
pode diretamente pedir a ela que o faça ou celebrar as outras crianças que estão
voltando aos seus assentos (trazendo a atenção da criança com autismo para o que
as outras crianças estão fazendo), ou ainda, intencionalmente esperar que o professor
principal verbalmente direcione a criança de volta para o seu assento.Como auxiliar a criança a procurar ajuda, buscar referências sociais e responder
ao professor auxiliar.
O professor auxiliar pode algumas vezes participar e realizar as atividades que o
professor principal tenha planejado. Em vez de apenas observar as outras crianças e
orientar a criança especial, o professor auxiliar pode também trabalhar na atividade ele
mesmo. O professor auxiliar pode então encorajar a criança a olhar para o que ele
está fazendo em vez de simplesmente dizer a ela o que fazer. Isso permite que a
criança desenvolva habilidades para buscar referências sociais e prestar atenção a
alguma outra pessoa de forma a imitar e aprender com os outros.
Diga diretamente à criança o que você gostaria que ela fizesse.
Celebre quando ela pedir por ajuda e utilize uma das quatro ferramentas (ofereça a
resposta ou a modele para ela, dê como referência as outras crianças, dê como
referência o professor, a encoraje a resolver a questão por si mesma.)FONTE:INSPIRADOS PELO AUTISMO-PROGRAMA SON-RISE