sexta-feira, 14 de maio de 2010

JORNAL ZERO HORA DIVULGA A FALTA DE ATENDIMENTOS AOS AUTISTAS DE PELOTAS RS!

PELOTAS
Mães de autistas lutam por tratamento no SulMães de crianças autistas trabalham para conseguir um melhor atendimento para seus filhos em Pelotas, onde não existe uma entidade que trate especificamente do problema.

Os papéis sobre a mesa da cozinha servem de prova da busca de Karin Scheer (foto), 46 anos, por tratamento com profissionais específicos para Pedro Henrique, sete anos. Embora o filho estude em escola pública e frequente uma vez por semana o Centro Educacional de Atendimento Especializado (Ceae), da Escola Especial Alfredo Dub, em Pelotas, onde é atendido por uma fonoaudióloga e psicopedagoga, Karin afirma que o tempo dos atendimentos é curto e que muitos dos profissionais não têm capacitação para exercer a função.

– Hoje, o que nós temos é um meio atendimento – define Karin.

A criação de um centro de atendimento terapêutico e pedagógico para autistas é a meta de mães como Karin.

Para minimizar a deficiência de assistência específica para autistas no município, a Secretaria de Saúde de Pelotas fez um convênio com a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que deve entrar em vigor em maio.



OBS:A APAE NÃO ESTA NOS ATENDENDO APESAR DE JÁ ESTARMOS TODOS NUMA LISTA DE ESPERA.O SECRETÁRIO DE SAÚDE DE PELOTAS,SR.FRANCISCO ISAIAS,PARTICIPOU DA ASSINATURA DE UM CONVÊNIO FIRMADO CO A APAE PARA, QUE ACONTEÇAM OS ATENDIMENTOS, QUE NÃO ESTÃO ACONTECENDO, MAS A VERBA DEVE TER SIDO ENVIADA...?!A DESCULPA DAS AUTORIDADES MUNICIPAIS LIGADAS AO CONVÊNIO É:HOJE NÃO SABEMOS QUANTOS AUTISTAS TEMOS NO MUNICÍPIO! SR.SECRETÁRIO ISSO É UM ABSUDO.ATENDAM OS NOSSOS FILHOS.ESTA NA LEGISLAÇÃO E NÃO É FAVOR, É OBRIGAÇÃO!
LEIAM A MATÉRIA COMPLETA NO JORNAL ZERO HORA, PG.49, DIA:14/05/2010

DICAS DE ENSINO E AUTO AGRESSÃO

Encontrado por Tereza Cristina (APAE de Betim-MG) e traduzido por Kathia (Delegada Regional e funcionária da APAE (Betim-MG)


Bons professores me ajudaram a atingir o sucesso. Eu estava pronta para superar o autismo porque tive bons professores.

Na idade de dois anos e meio, fui colocada num berçário estruturado com professores experientes.

Desde a idade de muito cedo, fui ensinada a ter boas maneiras e a me comportar à mesa do jantar.

Crianças com autismo precisam ter o dia estruturado e professores que saibam ser firmes, mas humanos.

1 - Muitas pessoas com autismo são pensadores visuais. Eu penso por imagens. Não penso por linguagem. Todos os meus pensamentos são como video-tapes correndo em minha imaginação. Imagens são minha primeira linguagem.

Os substantivos foram as palavras mais fáceis de aprender, porque eu podia formar uma imagem em minha mente .

Para aprender palavras como "embaixo" e "em cima", o professor podia mostrá-las para a criança. Por exemplo: Pegava o avião de brinquedo e dizia: "em cima", enquanto fazia o avião levantar da cadeira.

2 - Deve-se evitar séries de instruções verbais longas. Pessoas com autismo têm problemas de lembrar seqüências. Se a criança sabe ler, escreva as instruções no papel. Sou inábil em lembrar seqüências. Se pergunto a localização de um posto de gasolina, posso lembrar apenas três passos. Localização com mais de três instruções têm que ser escritas. Ainda tenho dificuldade de lembrar números de telefones, porque não posso formar uma imagem em minha mente.

3 - Muitas crianças com autismo são bons desenhistas, artistas e programadores de computador. Estes tipos de talento poderiam ser encorajados. Acho que há necessidade de dar mais ênfase no desenvolvimento dos talentos das crianças.

4 - Muitas crianças autistas tem fixação em um assunto, como trens ou mapas. A melhor forma de trabalhar com essas fixações é usá-las como motivos de trabalhos escolares. Ex.: se uma criança gosta de trens, então use trens para ensiná-la a ler e fazer cálculos. Leia um livro sobre trens e faça problemas matemáticos com trens. Por exemplo: Calcule a distância que um trem percorre para ir de Nova York a Washington.

5 - Use métodos visuais concretos para ensinar números e conceitos. Meus pais me deram um brinquedo matemático que me ajudou a aprender números. Ele consistia em um jogo de blocos que tinha comprimentos diferentes e cores diferentes para os números de um a dez. Com isto, aprendi a adicionar e subtrair. Para aprender frações, meu professor tinha uma maçã de madeira cortada em quatro partes e uma pêra cortada ao meio. A partir dai, aprendi o conceito de quatro e metades.

6 - Eu tinha a pior letra da minha classe. Muitas crianças autistas têm problemas com controle motor de suas mãos. Letra bonita é algumas vezes muito difícil. Isto pode frustrar totalmente a criança. Para reduzir a frustração e ajudar a criança a adquirir escrita, deixe-a digitar no computador. Datilografar é, as vezes, muito mais fácil.

7 - Algumas crianças autistas aprenderão a ler mais facilmente por métodos fônicos, e outras aprenderão com a memorização das palavras. Aprendi pelo método fônico.

8 - Quando era criança, sons altos como o da campainha da escola, feriam os meus ouvidos como uma broca de dentista fere um nervo. Crianças com autismo precisam ser protegidas de sons que lhes ferem os ouvidos. Os sons que me causaram os maiores problemas são: campainhas de escola, zumbidos no quadro de pontuação dos ginásios, som de cadeiras se arrastando pelo chão. Em muitos casos a criança estará pronta para tolerar o sino ou zumbido se ele for abafado simplesmente pelo recheio de um tecido, papel ou um tipo de cadarço ou cordão. O arrastar de cadeiras pode ser silenciado com colocação de borrachas de tênis ou carpetes. A criança pode temer uma determinada sala, porque tem medo que de repente possa ser submetida ao agudo do microfone vindo do sistema amplificador. O medo de um som horrível pode causar péssimo comportamento.

9 - Algumas pessoas autistas são importunadas por distrações visuais ou luzes fluorescentes. Elas podem ver a pulsação do ciclo 60 Hz de eletricidade. Para evitar este problema, coloque a carteira da criança perto da janela ou tente evitar usar luzes fluorescentes. Se as luzes não podem ser evitadas, use as lâmpadas mais novas que você puder conseguir. Lâmpadas mais novas tremem menos.

10 - Algumas crianças autistas hiperativas que atormentam todo o tempo, serão por vezes acalmadas se forem vestidas com um colete com enchimento. A pressão da roupa ajuda a acalmar o sistema nervoso. Eu fui grandemente acalmada por pressão. Para melhores resultados, a roupa poderia ser vestida por vinte minutos e então retirada por alguns minutos. Isto previne o sistema nervoso de se adaptar a ela.

“Ensinar” a criança a ser abraçada pode ser uma alternativa – e abraçá-la com suavidade, de forma a que ela não se sinta sufocada. (nota de Argemiro).

11 - Algumas pessoas com autismo em particular, responderão melhor e terão melhorado o contato visual e a fala se o professor interagir com elas enquanto estiverem nadando ou rolando em uma esteira. A introdução sensória pelo balanço ou a pressão de esteira algumas vezes ajuda a melhorar a fala. O balanço pode ser feito como um jogo divertido. Ele NUNCA deve ser forçado.

12 - Algumas crianças e adultos podem cantar melhor que falar. Podem responder melhor se as palavras forem cantadas para eles. Algumas crianças com extrema sensibilidade sonora responderão melhor se o professor falar com elas em um leve sussurro.

13 - Algumas crianças e adultos não-verbais podem não processar estímulos visuais e auditivos ao mesmo tempo. Elas são monocanais, não podem ver ou ouvir ao mesmo tempo, e não podem ser chamadas a ver e ouvir ao mesmo tempo. A elas poderá ser dada ou uma tarefa auditiva ou uma tarefa visual. Seu sistema nervoso imaturo não está apto a processar simultaneamente estímulos visuais e auditivos.

14 - Em crianças não-verbais mais velhas e adultos, o tato é algumas vezes seu senso mais confiável. Às vezes é muito mais fácil para elas sentir. Letras podem ser ensinadas ao deixá-las tatear letras plásticas.

Elas podem aprender seu itinerário (rotina) diário, sentindo objetos alguns minutos antes da atividade programada. Por exemplo: 15 minutos antes do almoço, dê a elas uma colher para segurar. Alguns minutos antes de sair de carro, deixe-a pegar um carrinho de brinquedo.



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Comportamento de Auto-Agressão
Comportamento de Auto-Agressão
Stephen M. Edelson, Ph.D.
Fonte: Centre for the Study of Autism (Centro para o Estudo do Autismo)
Salem, Oregon, EUA
Tradução de Mônica Accioly


O comportamento de auto-agressão freqüentemente diz respeito a qualquer comportamento que cause dano aos tecidos, como vermelhidão, hematoma, ferida. As formas mais comuns deste comportamento incluem morder as mãos, bater a cabeça , arranhar e esfregar.
Existem dois grupos de teorias para explicar a causa da auto-agressão: fisiológica e social.

Algumas das teorias fisiológicas (e respectivos tratamentos) são:

1. Estes comportamentos liberam beta-endorfinas no cérebro da pessoa, o que propicia a pessoa um tipo de prazer interno (beta-endorfinas são substâncias cerebrais endógenas tipo ópio). (Tratamento: medicação que inibe a produção de beta-endorfina).
2. Episódios súbitos de auto-agressão podem ser causados por um tipo de crise convulsiva. (Tratamento: a pessoa deve ser submetida a um extenso EEG que determine se o comportamento de auto-agressão está associado às crises).
3. Bater na cabeça ou no ouvido podem ser causados por infecção de ouvido média. (Tratamento: a pessoa deve ser submetida a um extenso exame otológico).
4. Alguns tipos de auto-agressão podem resultar de hiperarousal (como frustração). O comportamento de auto-agressão funciona como um escape, e assim, diminui o arousal. (Tratamento: Deve se tentar diminuir o nível de arousal da pessoa, por meio de relaxamento, terapia de visualização, “massagem” com pressão e exercício.)
5. Em alguns casos, a auto-agressão pode ser uma forma de auto-estimulação , estereotipias. Isto é, são repetitivos, ritualísticos e promovem algum tipo de estimulação sensorial ou arousal. (Tratamento: a pessoa pode receber terapia de integração sensorial para normalizar os sentidos.)

Algumas das teorias sociais que explicam estes comportamentos são:

1. Alguns indivíduos apresentam o comportamento de auto-agressão para receber atenção das pessoas. (Tratamento: as pessoas presentes no ambiente deverão ignorar o indivíduo quando ele apresentar tal comportamento para que ele compreenda que não obterá atenção desta forma.)
2. Alguns indivíduos apresentam a auto-agressão para escapar ou evitar uma tarefa. (Tratamento: a pessoa deverá terminar a tarefa .)


Embora não tenha sido discutido na literatura pesquisada, ainda existe a possibilidade deste comportamento estar ligado a hipersensibilidade a certos sons ambientais. Por exemplo, se um determinado ruído incomoda uma pessoa, ela pode reagir batendo na cabeça ou no ouvido. (Tratamento: talvez tentar a integração auditiva).

Basicamente, existem muitas razões possíveis para o comportamento de auto-agressão. A melhor maneira para determinar o motivo de tal comportamento é realizar uma análise funcional, ou seja, analisar o que ocorre antes e o que ocorre imediatamente após o comportamento. Se for possível eliminar as prováveis influências sociais, então se pode pensar em investigar as causas fisiológicas.


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