sábado, 18 de junho de 2011

Senado aprova Políticas de Proteção aos Autistas

O Plenário do Senado Federal aprovou hoje (15/06) Projeto de Lei de autoria da Comissão de Legislação Participativa, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. O projeto é uma sugestão da Associação em Defesa do Autista e teve início na Comissão de Direitos Humanos durante a 1ª gestão do Senador Paulo Paim como Presidente da Comissão.
Para a senadora Ana Rita (PT-ES), relatora do projeto inicial, o autismo passa a ser considerado um problema de saúde. “O autismo não tinha esse olhar por parte da Medicina.” Segundo ela, a transformação do Projeto em Lei vai permitir aos autistas a expansão do acesso aos serviços de saúde, democratizando os atendimentos médicos. “Esperamos que os profissionais de saúde possam ser preparados para poder identificar as pessoas que têm o problema do autismo.”

A sugestão apresentada pela Associação foi transformada em projeto de lei do Senado nº 168/2011 e, conforme seu Relator na Comissão de Assuntos Sociais, senador Paulo Paim (PT-RS), o Projeto tem como objetivo promover políticas públicas às pessoas autistas, aumentando a inclusão delas na sociedade. “A proposta foi construída pelos próprios autistas e seus familiares e aqueles que dedicam a vida por essa causa. Ela tem caráter simbólico de dar palco a quem não tem palco, dar oportunidade a quem não tem oportunidade”, acredita.
O PLS segue agora para a deliberação na Câmara dos Deputados. A aprovação do Projeto foi comemorada pela Diretora Administrativa da Associação em Defesa dos Autistas do Rio de Janeiro, Berenice Piana de Piana. “A aprovação do PL é simplesmente inédita. Lutamos para isso, pela situação que os autistas estão vivendo. É preciso democratizar os direitos dos autistas. Serão mais de 2 milhões de beneficiários”, exclama.
Por iniciativa do Senador Paim, no próximo dia 27, o Plenário do Senado promove Sessão Especial em comemoração ao Dia do Orgulho Autista.
fonte:imprensa senador Paulo Paim

terça-feira, 7 de junho de 2011

Alterações no córtex temporal podem causar prejuízo na percepção de informações importantes para a interação social



Atendimento médico precoce e de qualidade é fundamental para influenciar a evolução do autismo. Tanto que, no mundo todo, pesquisadores buscam estratégias para identificar com segurança o autismo já no primeiro ano de vida. “Quanto mais cedo se identificam os sinais, melhores as chances de intervir para tentar recuperar a capacidade de a criança se relacionar com os outros e buscar a construção de uma linguagem significativa”, afirma a psicóloga e psicanalista Maria Cristina Kupfer, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), fundadora do Lugar de Vida, entidade que há 20 anos atende casos de autismo. “A intervenção precoce permite ainda ouvir os pais, que sofrem por não receber de volta dos filhos a atenção que lhes dão.”
Desde que o autismo foi descrito nos anos 1940, o diagnóstico continua clínico. Em geral um neurologista ou psiquiatra examina a criança e avalia sua história de vida à procura de indícios de atraso no desenvolvimento da capacidade de interagir socialmente e se comunicar e de defasagem no desenvolvimento motor, descritos no Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais, da Associação Psiquiátrica Americana, e na Classificação Internacional de Doenças, da OMS.

Ainda que alguns sintomas surjam muito cedo, nos primeiros meses de vida, os casos só costumam ser confirmados por volta dos 3 anos de idade, quando o cérebro já atravessou uma das fases de crescimento mais intenso. E isso na melhor das hipóteses.