sábado, 24 de abril de 2010

O QUE ESTA BEM!

O meu filho, tem 7 anos e também esta numa escola pública tentando se alfabetizar.Tem bons profissionais e esse ano conseguimos algo muito importante:um bom vínculo entre professores, monitor e o meu filho.O monitor em sala de aula foi uma conquista ( EMBORA ESTEJA NA LESGISLAÇÃO) e na minha opinião é ele quem esta fazendo toda a diferença, pois é um amigo, que o meu filho conquistou e facilitador de todo o processo.Sou professora também e entendo o quanto é difícil trabalhar com muitos alunos, todos diferentes a alguns "portadores de necessidades especiais",sem espaço físico adequado, materiais e apoio psicopedagógico especializado.
Precisamos de muito mais atendimentos especializados e individualizados, com psicopedagogos habilitados `a trabalhar com as nossas crianças no turno inverso de preferência umas três vezes por semana pois crianças com autismo necessitam desses
atendimentos e de rotinas, que reforcem o que esta sendo trabalhado escola.
Quero agradecer o trabalho da UFPEL, mais precisamente à ESEF, que faz um trabalho voltado a várias crianças incluindo nossos autistas, com aulas de "educação física e natação"...só vendo o brilho nos olhos e o sorriso do meu filho para entender.
Valorizo o que esta bem e faz um bom trabalho com as nossas crianças e gostaria, que outros setores fizessem o mesmo .

quinta-feira, 22 de abril de 2010

INDIGNAÇÃO...!

A palavra mais apropriada é "indignação" ...por tudo o, que está acontecendo, ou melhor:não acontece e é divulgado no Jornal de maior circulação da Nossa Cidade, como se fosse verdadeiro e estivesse tudo bem.
Estou indignada com a capacidade de profissionais da área educacional, polícicos e outros, que deveriam servir de exemplo, em mentir, ocultar, falar usando "meias palavras", coisas, que uma pessoa portadora de "autismo" é incapaz,... eu disse e é:INCAPAZ DE MENTIR, FRAUDAR, DISSIMULAR, ENGANAR.
Pessoas, que se dizem muito capacitadas e afirmaram isso numa matéria, que saiu ontem aqui na cidade de PELOTAS-RS, o fizeram dando a entender, que os nossos filhos, autistas, estão sendo muito bem atendidos; só que esqueceram de falar algumas verdades como: não se capacitaram para trabalhar com o meu filho, que é autista e tantos outros, que estão na rede regular de ensino; apenas fizeram um cursinho à distância e nem sequer as salas de recurso tem materiais apropriados(assim como faltam salas de recurso em muitas escolas do município).O que é isso?
Somos marionetes dessa gente! Somos cobaias? O que somos?
Respeitem a minha inteligência e mais aínda:RESPEITEM O MEU FILHO.
Até tento acreditar, que estão em busca e bem intencionados...mas precisam praticar; ir a campo..trabalhar realmente...é melhor, mais digno..!Hoje é dia 22/04/2010 e iniciou em PORTO ALEGRE-NOSSA CAPITAL, o 1° ENCONTRO NACIONAL SOBRE AUTISMO, COM PROFISSIONAIS DE VÁRIOS PAÍSES E TAMBÉM BRASILEIROS...será, que foi algum profissional das áreas da saúde e educação daqui do município???????
Minha indignação é tanta, que hoje estou parando...parando por aqui...tentando assimilar a situação atual.karin rosane scheer

sábado, 17 de abril de 2010

O QUE FAZER?

O QUE FAZER?

Eu...sinto, que me perdi..morri em algum lurgar..quem esta aqui é o que sobrou de uma pessoa..de uma vida com trabalho, três cursos superiores completos, dois casamentos fracassados, muitos sonhos e dois filhos lindos.Não tenho mais "minha vida"..eu vivo em função do "autismo" 24hrs.do meu dia e estou enlouquecendo , porque sinto um aperto..algo, que não consigo definir..é uma dor, que não acaba..é muuuito difícil.
Vivo cada conquista do meu filho, cada sorriso dele..bhs!..ele pedalava, andava de motoca até os 2 anos..depois perdeu isso...gritava sem parar até os 4 anos...costumo dizer, que essa era a sua linguagem, o grito, eu aínda conseguia trabalhar como professora de história e nós éramos quatro.Digo éramos, porque foi aí, que o pai dos meus filhos morreu...morreu sem aviso, repentinamente..infartou..coisa, que o Pedro não entendeu até agora; pois as vezes se deprime e procura todos os albúns com fotografias e fica horas olhando as páginas onde o pai está presente.
É muito sofrido isso, mas sinto, que no fundo ele sabe:acabou..não volta mais...! A minha filha entende isso..não acha justo..é cética, não acredita em quase nada..só no palpável e visível, porque é como ela mesma me fala:" mãe..ninguém quer saber da gente..meu avô morreu também(no caso o meu pai)...meus tios, tias, dindos do Pedro...todo mundo sumiu depois, que a gente descobriu, que o Pedro é "autista"..NINGUEM APARECE AQUI EM CASA"!
Sinto, que ela superou todas as perdas, está no segundo ano do ensino médio integrado com o técnico em edificações, é linda, tem muitos amigos, que adotaram o Pedro por algum tempo, pois ele quer sempre estar junto comigo, ou com ela, namora, normal...o Pedro é quem continua correndo atrás dela...chorando muitas vezes..mas os tempos são diferentes..ela cresceu..não é mais aquela menininha..na "cabeça" tem bem mais de 20 anos, as vezes, outras é o normal!
Eu...é mais complicado! Já passei por uma depressão, que não me dava ânimo para sair de casa..superei em partes e na marra, porque , ou eu levanto e faço acontecer, ou nada acontece e ninguem tem "nada com isso, é tudo problema meu"! Amigos? bha! são raros aqueles , que se interessam, que aparecem! Eu entendo!Cada um tem a sua vida!
Eu tenho, que aceitar..entender...compreender tudo...e aínda por cima "achar, que está tudo bem"...é o que costumo responder, quando me perguntam :esta tudo bem contigo? Quando dizia a verdade, ou quando resolvo dizer a verdade, me dizem alguma coisa do tipo: é assim mesmo, com o tempo vai melhorar, quem sabe tu sai um pouco..etc...eu fico pensando...vais ficar com o meu filho um pouquinho...sabendo, que quem esta me falando isso não tem vínculo com ele..."sem maiores comentários...é problema meu"!
Já acostumei..mas não vou aceitar nunca um monte de coisas, que prefiro nem falar.Falar?dizem , que falo demais, incomodo muito, pois estou sempre em busca de melhores tratamentos, atendimentos para o meu filho.Consegui reunir, aqui em Pelotas-RS,um grupo bem grande de pais e mães com filhos autistas e juntos criamos uma associação, que acabou se tornando um grupinho ...e hoje não funciona, pois prevaleceu a politicagem e alguns interesses particulares, que não são os da maioria, como eu, que continua lutando pelos atendimentos adequados e pela qualificação profissional; além da criação de um "centro de atendimentos pedagógicos e terapeuticos". Estou morrendo pelo cansaço...parece, que tenho de desistir e deixar assim, como esta.Estou quase parando!
Deve ser normal:escola com acesso...bem diferente de inclusão, com profissionais, que dão o seu melhor, mas não tem materiais adequados, infra estrutura e apoio psicopedagógico suficiente para trabalhar com crianças portadoras de autismo...é deve ser normal...assim como eu ter, que levar o meu filho para 30 minutos semanais de atendimento com uma única fonoaudióloga, mais 40 minutos numa pedagoga, 30 minutos numa psicóloga...e aínda num centro, que nos atende com a maior boa vontade, pois trabalham com surdos/mudos e sabem, que nenhuma outra instituição daqui vai nos atender.Eu já passei por todas e continuo numa lista de espera da APAE, que não atende o meu filho e tantos outros por não se enquadrarem no seu perfil de atendimentos...eu nem sabia, que isso existia..mas existe.Tens, que ser autista e te enquadrar num determinado "perfil", que eu desconheço, para receberes mais alguns atendimentos..complicado...muito complicado!
Aqui em Pelotas temos algumas boas Universidades, que se propõe a trabalhar com crianças portadoras de "necessidades especiais" e consegui encaixar meu filho em alguns projetos, como o "Carinho"da UFPEL, onde ele faz natação todas as quartas-feiras, durante 40 minutos e atividades físicas 3 vezes por semana e isso é muito bom para nós, principalmente para ele.Agradeço muito essas pessoas, ao prof.Alexandre, Laura, Angélica e todos , que fazem esse trabalho com AMOR e de forma gratuíta, sem perfil definido..isso é inclusão! Agradeço, ao pessoal da Escola, que se interessa e faz o seu melhor pelo meu filho!
Voltando a falar de mim, nós, ta reclamando de que?? Parece, que esta tudo bem..tem alguns atendimentos, muita gente não tem nada, nem escola...eu questiono:isso basta? Tem uma legislação, que garante atendimentos especializados aos portadores de "necessidade especiais", mas não é cumprida.Não é cumprida! Consegui vaga na escola brigando com a SME, os pouquíssimos atendimentos nos foram ofertados por alguns profissionais , que se sensibilizaram com o problema..então parece, que vou passar a vida inteira brigando, pedindo esmolas, ou vou ter de me acomodar e achar, que esta tudo muito bem, quando não está, pois ja me falaram assim:agradece, pois pode piorar.Eu agradeço! Agradeço, mas continuo pensando, que a legislação existe e tem, que haver sanção para quem não a cumpre.
Vou continuar "brigando", mesmo, que seja sózinha, pois não quero e não vou desistir do meu filho NUNCA!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Ser diferente é Normal AZUL 2007

CRIANÇAS ESPECIAIS E INCLUSÃO.

crianças especiais e inclusão
Eu tenho 1 filho , que é autista e estuda na Escola.Percebo, que os professores tem dificuldades e desconhecem(alguns) esta síndrome.Eu gostaria de ajudar ao meu filho, professores e toda comunidade Escolar, pois sou mãe, educadora e professora.-lembrem-se, que antes de tudo é uma criança, como outras crianças, gostam de brincadeiras, carinho, atenção, são curiosos, inquietos, etc.-Existem vários métodos de alfabetização...a intuição...observação...e principalmente: só conseguimos trabalhar com essa criança, qdo.conseguirmos o seu olhar( ela só vai responder se enxergar o professor(a), disser o seu nome e se sentir incluída e aceita ).Coloque-se na altura da criança, olhe nos seus olhos, faça alguma coisa para, que ela lhe enxergue e depois faça-a repetir o seu nome(tenha paciência, pois sem isso não funciona...paciência...).-Crianças com essa síndrome costumam ter muito medo do desconhecido ( algumas tem pavor mesmo) então mostre, que você é legal, sorria e passe "confiança", mostre todo o ambiente "Escolar", principalmente explore com eles a "sala de Aula, apresente os coleguinhas (paciência...calma..), mostre onde fica o banheiro, vá junto na primeira vez( paciência...);assim você estará conquistando sua confiança e com tranquilidade tudo vai se encaminhando.Faça assim no começo ( paciência) e todo o trabalho vai ser muito gratificante para todos.- Conquiste primeiro o seu aluno, pois todos são "especiais", mas crianças com essa Sindrome precisam de um atendimento mais especializado, de algumas "bengalas", como a minha, que sou mãe e a sua, que vai trabalhar com ele .

CONFIANÇA E ADAPTAÇÃO:Nós estamos nos adaptando e tudo parece melhor:a escola é a mesma na aparência, mas eu e o meu filho ja estamos mais confiantes.Temos uma excelente professora, monitor,direção, que hoje ja conquistaram e criaram um vínculo afetivo; muito importante para podermos avançar no "chamado processo de ensino e aprendizagem".Sinto e compartilho com o meu filho da alegria, que ele tem todas as manhãs quando vamos para escola."vamos aprender, ele fala diariamente".Me emociono e acredito nas palavras dele.Sei, que não é fácil...mas é possivel e estamos no caminho certo.karin rosane scheer

quinta-feira, 15 de abril de 2010

AMO O MEU FILHO! NÃO É DIFÍCIL VE-LO SORRINDO! ELE PRECISA DE AMOR, CARINHO, ATENÇÃO, ATENDIMENTOS ADEQUADOS, PROFISSIONAIS HABILITADOS E REALMENTE INTERESSADOS: GENTE, QUE GOSTE DE GENTE, QUE GOSTE DO QUE FAZ, POIS ELE, MEU FILHO, SABE E SENTE ISSO.CRIAR VÍNCULOS VERDADEIROS..ELE SABE! SABE..QUANDO EXISTEM DISPOSIÇÃO E INTERESSE.NÃO É TÃO DIFÍCIL ASSIM! ACREDITE!TENHA PACIÊNCIA! JUNTOS NÓS PODEMOS MELHORAR MUITAS COISAS E TORNAR NOSSAS VIDAS BEM MELHORES.AGRADEÇO À ESCOLA E AOS POUCOS PROFISSIONAIS, QUE REALMENTE ESTÃO INTERESSADOS NESSE PROCESSO, NESTA CAMINHADA, QUE É DE TODOS OS , QUE POSSUEM "FILHOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS".