quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

MOBILIZAÇÃO CONTRA O PRECONCEITO EM FOTOS.








Sobre nós, violência, preconceito e discriminação.


           Em um mundo onde existe aviões que levam pessoas de uma parte do mundo á outra, em mundo onde existe carros super velozes, vacinas que curam, bombas capazes de destruir em menos de um minuto cidades inteiras, talvez até estados, em um mundo pontes gigantescas fazem pessoas atravessar fronteiras é triste saber que o preconceito ainda exista.    E ocorre em todos os lugares, seja por uma posição socioeconômica mais elevada ou por simplesmente a pessoa ter algum tipo de deficiência, seja ela física ou mental. A Era onde deveria e deve ser chamada de inclusão, é lamentável saber que a Exclusão faz parte do sistema do qual pertencemos, um sistema onde todos deveriam aceitar diferenças e aprender a conviver com estas. Porém fomos vítimas deste ato(preconceito) que despreza tal respeito e tal sentimento. E ocorreu onde menos é de se esperar em um espaço de lazer, espaço onde meu filho brinca e deixa sua imaginação fluir livremente sem qualquer tipo de maldade, apenas pureza...Uma praça, sim, uma pracinha, com balanços, gangorras, escorregadores, castelos de areia, entre tantos outros. Meu menino foi proibido de brincar em tal espaço por uma pessoa que se julga superior para não falar com uma personalidade ditatorial e desprezível. Proibiu meu filho de brincar na praça por ele apresentar um peso superior de 50 quilos, sabendo que toda a criança tem o direito de brincar seja ela com o peso abaixo ou acima de 50 quilos. Chamou-o de gordo e se incomoda com a presença dele, talvez por ele gritar, chorar, fazer manha, como toda a criança faz, ou porque simplesmente ele é autista e não nunca respondeu aos gritos dela, e não entende essas regras, ainda mais quando ela diz que ele é mau educado. O meu filho não é mau educado, ele é autista e eu já informei isto para ela, mais de uma vez, tentando, inclusive ter um diálogo civilizado. Foi impossível.
       Nós todos aqui onde resido ficamos e estamos abalados com este ato e nos encontramos preocupados com a principal vítima desta história, meu filho. Seu comportamento sofreu mudanças, como por exemplo, chora com uma frequência maior, não aceita descer para brincar na praça, se senti incomodado ao ficar no condomínio, prefere ficar dentro do apartamento mesmo com um calor infernal, coisa que em outro período não acontecia, pois ele estaria na rua brincando, para ser mais exata na praça na qual ele foi proibido de brincar.
        Meu filho gosta de brincar e no dia de hoje não foi diferente, brincou, nadou na piscina, fez seu lanchinho e se divertiu na praça, do clube que frequento, sim, porque depois de tal acontecimento ele não quer mais brincar na praça da Cohabpel.
      É necessário que se faça justiça, não podemos nos calar, isso que ocorreu com meu filho ocorre todos os dias em vários lugares, seja na escola, no hospital, na rua, no trânsito, etc.
      É preciso que as pessoas saibam respeitar e conversar umas com as outras, sem nenhum tipo de agressão seja ela física ou verbal.Pessoas assim cobram um comportamento que a sociedade impõe a todos, mas ele não vai mudar, ele é assim, é tão difícil de entender isso? Ele vai se desenvolver e avançar muito ainda, porém ele nunca vai ser o que muitos julgam dizer igual á nós, ele é assim, e vai continuar sendo, as pessoas é que precisam aprender a conviver. Não só olhar, mas ver e enxergar, eles estão aqui e são muitos entre nós.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012