quarta-feira, 11 de agosto de 2010

NOVO EXAME CEREBRAL AJUDA A IDENTIFICAR AUTISMO EM ADULTOS.

Novo exame cerebral ajuda a identificar autismo em adultos
(Getty Images)
"Se conseguimos 90% de precisão em adultos, acreditamos que os resultados serão ainda melhores em crianças", comemora Christine Ecker, coordenadora do estudo
Um exame cerebral simples, que dura apenas 15 minutos, pode ser um grande aliado no diagnóstico do autismo - distúrbio neurológico que dificulta principalmente a interação pessoal. A nova técnica, que identifica diferenças estruturais nos órgãos dos pacientes, pode acelerar o processo de identificação da doença em crianças - que hoje acaba sendo demorado e tardio.

Pesquisadores ingleses fizeram um estudo comparando imagens do cérebro de 20 adultos saudáveis e 20 autistas - que já haviam sido diagnosticadas pelos métodos tradicionais, como testes de QI, entrevista e exames físico e de sangue. De acordo com a psiquiatra e coordenadora da pesquisa Christine Ecker, do King's College Institute of Psychiatry, diferenças significativas foram encontradas na espessura dos tecidos em partes do cérebro que são responsáveis por funções como comportamento e linguagem.

Foi possível identificar com 90% de precisão, o que foi considerado um ponto muito positivo porque, de acordo com a cientista, "se conseguimos 90% de precisão em adultos, acreditamos que os resultados serão ainda melhores em crianças". Agora, os pesquisadores planejam estender a análise a mulheres e crianças. "Acreditamos que essa abordagem vai funcionar melhor ainda em crianças porque as anormalidades do autismo são mais proeminentes durante a infância", enfatizou Christine Ecker.

A tecnologia utilizada é comum para o reconhecimento de rostos em programas de computador, mas nunca havia sido usada para imagens cerebrais. O novo método é importante, segundo o estudioso Declan Murphy, porque "o diagnóstico será baseado em um marcador biológico e não na opinião de um clínico após uma entrevista". Ele ainda salienta que o diagnóstico preciso proporciona ao paciente a oportunidade de encontrar meios que melhorem sua qualidade de vida.

Fonte:RevistA Veja-Editora Abril

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